sábado, 30 de julho de 2016

Meu amor maior mais pequenino

(Escrito madrugada dentro, no dia do primeiro ano de vida do Zé Maria)

É uma da manhã e aqui estou eu, 365 depois de uma noite quase em branco, passada ansiosamente a querer conhecer o meu (último) bebé. Não. Era mais do que isso. Muito mais, na verdade. Era aquela ânsia de ser Mãe de 3, o meu sonho de criança. Mas ao mesmo tempo, aquele medo de não conseguir chegar a todos. Aquele nervoso miudinho de algo poder não correr bem. Com o parto. Com o dar de mamar. Com as noites. Com o tempo. Ai, esse maldito! Será que não vou ter tempo para os 3? Para lhes dar mimo? Para lhes dizer o quanto os adoro? Pensava eu, há 365 dias atrás.
E aqui estou eu, 365 dias depois, sentada em frente ao computador, com a casa num silêncio que quase parece absurdo, sob uma noite brilhante e abrasadora, em que as estrelas-cadentes são a minha guia. Lá ao fundo, na aldeia, ouvem-se foguetes que parece quererem anunciar um novo dia muito especial. 
E aqui vos digo, no alto dos meus 34 anos e meio, que ser Mãe de 3 é um C-A-O-S. Mas é um caos ordenado. É um caos bom. É como se, de repente, a minha vida fizesse todo o sentido. Como se a minha missão aqui na Terra estivesse a dar cartas. Como se nada mais importasse. O mundo lá fora pode esperar, porque cá dentro a vida é completa, feliz, genuína. Há gargalhadas, há confusão, há saudades, há paixão. 
E esta paixão de Mãe é mais forte do que a explosão do maior dos cometas. É mais potente do que qualquer erupção do Krakatoa. É mais eterno do que a infinita Via Láctea. Mais avassalador do que o último dos desertos. 
365 dias depois de um dos 4 dias mais felizes da minha existência, os grilos cantam ao som das cigarras, ouvindo-se água a correr em todos os cantos do jardim, como se a Natureza fosse perfeitamente perfeita, como se estivesse a ler a mais bonita das poesias.
365 dias depois aqui está ele, o meu bebé bom, dormindo pacificamente ao meu lado (agora que vim espreitá-lo, por aqui fiquei,,.embevecida), chuchando em falso, enrolando as mãos pequeninas uma na outra, e soltando um sorriso próprio de quem está a sonhar com os anjinhos.
O primeiro dente nasceu quando o Zé Maria estava prestes a fazer 11 meses. Mas com 8 meses já dizia olá! Aos 9 começou a gatinhar, primeiro a medo, mas depois  já como uma locomativa a vapor, levando tudo à frente, Tem um aparelho vocal invejável, com os seus gritos próprios de quem ainda não consegue acompanhar os manos. Come tudo o que vê (se pudesse comia relva) e sabe muito bem aquilo que quer. É louco pela Mãe, mas também adora o Pai e os manos, de coração. Tem uns olhos escuros bem rasgados, um sorriso de enternecer, e um cabelo de se comer (com cachos loiros já a querer aparecer...)
Não podia pedir mais para este meu bebé bom. Sinto-me grata. Muito grata. Não deve haver palavra para definir todo o turbilhão de emoções que me invade nesta madrugada do dia 30 de julho, em que também fazemos 19 anos de namoro pegado. Parabéns meu amor maior mais pequenino. Que seja sempre muito amado. Que ame, mais do que qualquer coisa. Que pratique o bem. Que respeite os outros. Que saiba perdoar. Que saiba pedir desculpa também. Que possa sempre estar pronto para ajudar. Que tenha muita saúde. Que tenha um pouco de sorte, com pozinhos de pirlimpimpim. Acima de tudo, que seja muito feliz. Parabéns pelo primeiro ano de uma vida que se adivinha cheia, meu príncipe Zé Maria!



domingo, 24 de julho de 2016

Ilha dos Amores - Parte II

O prometido é devido. E o Faial merece. Com o seu porto seguro. Com o seu porto de abrigo de lobos do mar de barba rija. Um oásis no meio do deserto Atlântico. À chegada, uma centena de golfinhos vêm dançar ao nosso lado, ao som do cântico quase hipnótico das sereias. E as baleias? Ai as baleias, que esperaram tanto tempo por nós, antes de mergulharem nas águas profundas daquele oceano tão nosso.
Ainda oiço o barulho das velas dos barcos, que estremecem com o vento do mar. Ainda sinto os pingos de água salgada a bater-me na cara, secos e ríspidos. Ainda me lembro do sabor daquele gin tónico ao fim de 3 horas de viagem, que me pareceu o melhor de toda a Via Láctea.
Crateras infindáveis, faróis perdidos no meio da lava, quase a fazer lembrar um cenário de guerra. Praias perdidas e escondidas em enseadas encantadas, mas tão vividas.
Como é que é possível estarmos no meio do nada e, ao mesmo tempo, sentirmo-nos do meio do tudo?  Síndrome de ilha isolada que vive no centro do mundo. Piratas, artistas, poetas, malabaristas. Todos deixam o seu testemunho à partida e à chegada desta ilha infinita e inacabada. De tanto amor. De uma imensa saudade. E agora a nostalgia que logo me invade.
 
Esta fotografia espelha na perfeição a minha família. Uns às gargalhadas, outros meio amuados, e ainda há quem fique atónito! Uma família real, feita de pessoas reais.




 
 









 
 
 
 
 Até já, querido Faial!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ilha dos Amores

Quando marcámos a viagem para o Pico pensámos, receosos, que nada podia chegar aos calcanhares de S. Miguel. Nada podia ser tão arrebatadoramente comovente. Nada nos podia encher as medidas e o coração, como aquela ilha de sonho. Embarcámos com essa (quase) certeza, mas logo, logo, soubemos o quanto enganados estávamos. O Pico disse-nos olá do alto do seu cume, bem acima das montanhas, ainda não tínhamos aterrado na sua terra quente e, ao mesmo tempo, arrepiante.
O que vos posso dizer daquela ilha? As cores. Água azul cinza, onde apetece mergulhar. Areia fina e negra. Mais negra do que o mais potente dos vulcões. Montes inteiros em verde esmeralda. De uma imensidão indescritível. E depois aqueles lagos cor de espelho. Aquela terra em tons de chocolate. Aquele céu transparente, com milhões e milhões de estrelas de uma luz tão brilhante que até comove.
Mais uma vez nos questionamos: Como é que demorámos mais de 30 anos a vir até aqui? Como é que já fomos ao outro lado do mundo, e quase que perdíamos esta relíquia? Paisagens inolvidáveis a perder de vista. Vacas felizes em cada canto, em cada pastagem. Estradas que mais parecem jardins, com 1001 flores de todas as formas e cores, que quase se atravessavam para nos brindar. Pessoas verdadeiras. Pessoas sinceras. Pessoas generosas, bem a condizer com a ilha que as acolhe.
Podia ficar aqui a noite inteira a falar desta ilha maravilha. Mas depois veio o Faial. Ai! O Faial! Vou guardar um post só para ele...ai isso é que vou!~







 

 



















quarta-feira, 20 de julho de 2016

Em modo reset

O nosso fim-de-semana soube a férias, a calor, a reset, a fins-de-tarde em tons laranja. Soube a  serenidade. Soube a maresia. Soube a tranquilidade. As temperaturas tórridas que se fizeram sentir não nos assustaram. Estávamos no spot ideal, à beira-mar plantados! O Ô Golf Mar Vimeiro não é um hotel de 5 estrelas, mas tem muito mais do que isso:
1 - Um staff que não se encontra facilmente por aí! Atenciosos, prestáveis, e sempre com um sorriso na cara;
2 - Uma piscina com uma vista de perder os sentidos;
3 - Um acesso único a uma praia paradísiaca;
4 - Uma cozinha divinal, com pequenos-almoços e jantares de implorar por mais!
5 - Uma surpresa que os miúdos nunca mais irão esquecer: O O Vimeiro Club Aventura. Ninguém vai querer perder!
Podia ficar aqui a manhã toda a falar acerca do Hotel, da sua envolvente, e das saudades que eu já tenho desta terra quente. Mas desta vez as imagens valem mais do que as palavras. E o êxtase estampado nos meus filhos diz tudo!


















Tudo isto e muito, muito mais! Ora aí está uma dica para quem ainda anda à procura do sítio perfeito para umas férias a 2, a 3, a 4 ou a 5, bem cá dentro. Não é por acaso que no ano passado o Ô Golf Mar foi considerado o Melhor Hotel para as Famílias. Porque aqui, as famílias são felizes, e deixam um bocadinho de si!