Até agora vivi aflita com o tempo (ou a falta dele), a culpa, e o medo de os meus filhos crescerem sem mim. Agora, que mudei de vida, essa culpa e esse medo já não passam por aqui. Vivo cada dia com a certeza que aproveitei o melhor que pude. É verdade que há agora outras coisas que me preocupam. Mas nada se compara àquele vazio de saber que não estou a acompanhar os meus filhos o quanto gostaria. Sei que há Mães que não têm essa sorte. A sorte de arriscar. Saltar para o desconhecido. Eu própria nem sei como ganhei coragem. Mas aqui estou, de cabeça erguida, mangas arregaçadas e pronta para pôr mãos à obra. O futuro, esse, não conheço ainda ao pormenor. Mas sei que só pode ser risonho. Porque quando o Homem sonha, a obra nasce. E eu já sonhei tanto, tanto! 1001 projetos, uns já no papel, outros no coração. O que interessa é viver carregada de paixão. Paixão pela vida, pela família, por tudo aquilo que fazemos. É meio caminho andado para a felicidade. Até pode parecer cliché, mas ninguém vive bem sem ser feliz de vez em quando. E sabem que mais? Só depende do nosso umbigo. A felicidade é um estado de alma. É uma busca constante do desassossego. É não se acomodar a uma realidade estática. A minha vida, neste momento, está em suspenso. E a escolha é minha. Lutar por aquilo que quero. Partir para a aventura. Viver a vida como sempre sonhamos. Saltar obstáculos, estar atenta a armadilhas, escolher as pessoas certas.
Por falar em pessoas certas...obrigada por continuarem desse lado. E, já agora, estejam atentos às novidades! Porque eu escolhi ouvir a minha alma, e seguir em frente, com um pouco mais de calma.
