domingo, 30 de outubro de 2016

Mãe Passarinho

Teorias, estratagemas, estudos, teoremas. Há tudo e mais alguma coisa contra, e a favor do co-sleeping. Na passada quinta-feira deixei-vos um testemunho valioso de uma amiga que é adepta fervorosa desta modalidade. E sabem que mais? Porque não? Porque não deixar falar o coração?
Hoje venho contar-vos como tudo se passa lá por casa. Sem dramas nem tabus. Tudo a partir das 21h30, a hora em que se apaga a luz.
Regra n.º 1 (e única): Cada um adormece na sua cama. No seu mundo. No seu canto. No seu sonho. O Titão e o Manel já adormecem sozinhos e sem dramas. A seguir à história de encantar, já sabem que não há nada que enganar. O Zé Maria ainda precisa do amuleto da Mãe. Mamou até há bem pouco tempo, gosta de sentir o calor de quem o gerou por perto. Assim sim, com mimo bom tudo bate certo.
E se, madrugada dentro, a cama dos Pais for invadida por seres pequenos e deliciosos, onde está o desalento? Será pecado dormir agarradinhos aos nossos pedaços de amor? Será pecado sentir o cheirinho único da pele dos nossos filhos, como se fossemos absorver para sempre aquele inconfundível odor? Será pecado ficar simplesmente ali, a fitá-los, a ouvi-los respirar? Será pecado ter uma vontade louca de congelar aquele bocadinho bom e  nunca mais os largar?
Dizem por aí, que o co-sleeping não deixa as crianças trabalharem a sua autonomia, a sua independência, a sua autoestima. Pois muito bem, da experiência que tenho com 3 crianças que sempre assaltaram a cama dos Pais a meio da noite, acho que é precisamente o contrário. Se nós os proibíssemos de virem para junto de nós quando um pesadelo, um medo, ou simplesmente uma fralda molhada não os deixam dormir sozinhos a noite inteira, aí sim, é que estaríamos a prejudicar a sua autoconfiança. Os meus filhos mais velhos adormecem sozinhos e sem stress na sua cama porque sabem, lá bem no fundo, que têm o ninho dos Pais para acorrerem quando não conseguirem dormir mais. Isso, para mim, dá-lhes a segurança que precisam para seguir em frente. Mas atenção, seguindo sempre uma regra muito importante: terem o seu espaço para adormecerem sozinhos. Digo isto a toda a gente.
Agora digam-me, há melhor do que ter todo o nosso mundo tipo UHU? Há melhor do que passar manhãs de ronha de domingo, com vontade de metê-las no baú? Há melhor do que ter pezinhos pequeninos enroscados em nós? Há melhor do que ouvir risadas puras e genuínas no vale dos lençóis? Pois eu tenho a certeza que daqui a 20 anos vou ter saudades das noites felizes que passei a 3, a 4 e a 5 no nosso ninho. Vou ser para sempre uma Mãe passarinho.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

De pequenino é que se torce o pepino

Já aqui falei acerca da Helen Doron e no impacto que esta escola de inglês está a ter na infância dos meus filhos. Porque quando se aprende a brincar, não há nada que enganar. Numa escola onde se aprende com jogos, música, sons e muita brincadeira, nunca pode dar asneira :) Nem mesmo no Halloween (mas já lá vamos...)
Pois é! Ao contrário do que muitos Pais pensam, o ano letivo na Helen Doron está ainda a começar. E acreditem ou não, o Zé Maria também se vai juntar à diversão. Não, não é pequenino demais. Na Helen Doron, os bebés a partir dos 3 meses já podem ir às aulas com os Pais. Sim! Três meses! São 45 minutos em que Pais&Bebés estão juntos, interagem, brincam e divertem-se. Acreditem que os nossos bebés vão acabar por desenvolver-se muito mais precocemente, principalmente na fala, nos estímulos e na sociabilidade. Não. Não são salas de aula. Não. Não é uma escola a sério. Mas é com certeza um sistema de aprendizagem bem mais eficaz do que qualquer outro. Porque de pequenino é que se torce o pepino.

Foi tirada com o telemóvel, mas com todo o carinho do mundo!


E as festas? Ai, as festas! Em todas as épocas do ano, a Helen Doron Porto-Foz organiza uma festa temática para dar a conhecer a todas as famílias portuguesas aquilo que os miúdos por lá andam a fazer. E amanhã vai ter lugar uma Halloween Party de arromba! Com disfarces assustadores, lanche de vampiros, e pinturas faciais para se perderem de horrores, qualquer um vai vibrar com a Halloween Party mais creepy da cidade!
Vá, ainda vão a tempo de se inscreverem e de se divertirem com os vossos filhos. Não é preciso gastar muito dinheiro, é preciso é ter imaginação. Caveiras, bruxas, diabos e corujas. Aranhas (de plástico!) no meio dos doces, abóboras feiticeiras na cabeceira das camas, morcegos (de gelatina) no copo da escova de dentes. Tudo é motivo para gritar, rir, e brincar!



Inscrevam-se e arrepiem-se! Vai ser absolutamente A-S-S-U-S-T-A-D-O-R!



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Mikado Humano

A minha amiga Rute Marinho, jornalista da Rádio Nova e escritora noite dentro (embora este último ofício ainda seja segredo), acedeu ao meu pedido. Deu-me a honra de escrever umas palavras no Maisena. E o meu desejo foi concretizado da maneira mais terna que há: esta Mãe escreveu sobre o seu mikado humano com uma humildade que comove qualquer um.. Fiquei apaixonada por esta expressão: mikado humano. Define na perfeição aquilo que todos sentimos quando os nossos mini-eu  nos invadem a cama. São palavras sinceras de quem vive de coração aberto, e de alma renovada. Sem tabus nem preconceitos. Assim é a minha amiga Rute e a sua ideia de co-sleeping,

"Uma das melhores e mais reconfortantes recordações que guardo – primeiro como filha – é a dos sonos que fiz na cama do quarto dos pais.
Basta-me puxar a fita da memória atrás e a imaginação instalar-se naquele local sagrado para conseguir sentir o calor do corpo da minha mãe, nas noites em que o meu pai chegava mais tarde a casa. Numa dessas noites começou a guerra no Iraque. A primeira. Tinha começado nesse sítio que desconhecia e na televisão pequenina e amarela colocada por cima da cómoda do quarto porque, naquele instante e no meu mundo, existia apenas eu e a minha mãe no lugar mais seguro e quentinho do planeta. Nessa noite, assim como em todas as outras, a chegada do meu pai a casa era imediatamente seguida da minha ordem de despejo. Podia suplicar, fazer de conta, inventar doenças que nada, mesmo nada, nem o mais credível dos argumentos, impedia a minha saída. Jamais impediu.
Uma vez mais, também me bastava puxar a fita atrás, para conseguir sentir o frio dos lençóis quando na minha cama me deitava. Escondia-me debaixo deles e expelia um bafo quente para aquecer as mãos até embalar no sono.
Na altura não entendia como podia a minha mãe fazer-me “aquilo”. É que à luz dos tempos que relato, e não no momento em que escrevo, as casas não tinham aquecimento central, nem a televisão mais do que dois canais. Havia aquecedores, sem dúvida, mas ligados às tomadas, aqui e ali nos corredores, e o “televisor”, se por acaso o tivesse no quarto, como hoje existe em todas as divisões, e se o ligasse, como hoje se mantém apesar da espectacular invenção do temporizador, estaria certamente a difundir a mira técnica. Outro fenómeno que se perdeu nos tempos em que dormia na cama dos meus pais.
Hoje a cama do quarto dos pais é a minha. Eu que sou a mãe de dois filhos: Uma menina de quatro anos e um rapaz de seis. Eu sou a mãe, eles os filhos e nenhum recebe ordem de expulsão porque não há quem venha depois.
Eles sentem-se mais seguros e eu tenho os meus “forninhos” por perto. Win/win.

Mesmo havendo aquecimento central, uma televisão no quarto, infindáveis canais com uma programação que se estende além das 24 horasm, esta mãe tem sonos agitados e torcicolos constantes provocados pela má posição durante o sono e, sobretudo, pelo espaço exíguo conferido no colchão. É que, muito embora a nova “cama dos pais” tenha uma dimensão bem maior do que as da guerra do Iraque, 80 por cento do rectângulo é ocupado pelo filho que dorme de cabeça para baixo e pela filha que, sobre todo este mikado humano, se atravessa à largura, e com os pés na cara da mãe. É assim agora e pouco me estou importando com as teorias que defendem que deveria ensinar-lhes o caminho para a cama deles e que lá deveria ficar, com eles, até que adormecessem, sob pena de lhes retirar a autonomia. Pouco me importa, desculpem os que se importam. Dormir com os meus filhos não é uma ameaça à independência. Nem à deles e muito menos à minha, mas sim uma grande conquista de horas que posso passar com eles enquanto ainda são pequeninos. Dormir com aqueles dois trapezistas nocturnos é a certeza de um dia olhar para trás e dizer: Uma das melhores e mais reconfortantes recordações que guardo – primeiro como filha e depois como mãe – é a dos sonos que fiz na cama do quarto dos  pais"


Obrigada Rute. Obrigada por estas tuas palavras reconfortantes! Depois disto, vamos querer dormir agarradinhos aos nossos filhos para todo o sempre!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Oh, Alqueva!

Ai, aquele misterioso Alqueva, de aldeias submersas e gentes dispersas. De água azul escura, e de areias em pedra dura. De uma sensatez, de uma humildade, de uma sabedoria que todos conseguem captar. Não pela fotografia. Mas pela sensação. 
Bastou uma hora, um minuto, um segundo, para perceber o que estava acontecer. Um pôr-do-sol mágico. Verdadeiramente mágico. Parecia que estávamos a entrar numa aguarela. Naquela poesia, de água doce, tudo batia certo. Água-espelho, céu laranja, montes verdejantes, paixões errantes. Não. Não nos podemos apaixonar por um sítio destes. Seria mais do que um amor não correspondido. Os amores longínquos nunca acabam bem. Fazem-nos sofrer. Para quê apaixonarmo-nos por um momento? Para quê? Mas, ao mesmo tempo, porque não? Quem consegue não se perder de loucuras por um sítio que nos arrebata o coração? Este é o nosso Alqueva...e lá deixamos um pouco da nossa alma, com toda a certeza.


 

 








Afinal, não são momentos como este que levamos desta vida?

domingo, 16 de outubro de 2016

Oh tempo, volta pra trás!

Porque, como já deixei aqui escrito (como nas estrelas), dá-me um gozo enorme escrever sobre sentimentos e vivências, algum tempo depois de estes terem acontecido...

Palavras para quê? Não há fotografia, nem palavras que possam descrever na perfeição a beleza deste sítio. Uma paz inexplicável. Uma harmonia intransponível. Uma calma infinita. Foram 5 dias de pura felicidade naquele Alentejo único. Não deve haver paisagem mais bonita do que aquela. Não com aquela luz, linda, não aquele cheiro a terra quente, não com aquele charme invejável, não com toda aquela simplicidade. No S. Lourenço do Barrocal, tudo é possível. Não, não é um post de publicidade. É um post de gratidão. Gratidão por ter tido o privilégio de ficar a conhecer  provavelmente um dos sítios mais especiais deste planeta.
Fomos festejar 60 anos de uma vida cheia de amor, de generosidade, de saúde, de jovialidade, de sentido de família e de ternura de uma Avó cheia de vida. E não podia ter escolhido melhor lugar para fazer um tchim-tchim à sorte que tem.
Pequenos-almoços de reis e rainhas, uma piscina de bradar aos céus, uns quartos tão cosy que só nos dá vontade de agradecer ao Universo, e uma envolvente absolutamente inigualável. Fins-de-tarde em tons laranja e violeta, vinhas douradas já em ponto caramelo, oliveiras verde musgo centenárias, menires imponentes e altivos a tresandar a história. Tudo ficou na nossa feliz memória. Dali fica uma enorme nostalgia. E uma grande, grande paixão. Foram dias inteiros em modo slow-motion, que vão ficar cravados para sempre no nosso coração.
(Vou guardar um post só para o Alqueva...ai isso é que vou!)






























Oh tempo, volta para trás!!!



quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Tudo uma questão de sorte

Francisca. 34 anos. 3 filhos. No último ano mudou de vida. Teve um bebé. Mudou de casa. Mudou de profissão. Mudou de hábitos. Mudou de vida, lá está. No último ano emagreceu com o cansaço, ganhou brancas, rugas e olheiras. Aprendeu a dar mais valor às coisas simples da vida. Coisas simples como dormir. Sim, dormir.
A verdade é que já não me lembro de dormir uma noite inteira. Há praticamente 7 anos que acordo várias vezes durante a noite. Vá, com um intervalo de 5 ou 6 meses, quando o Manel finalmente passou a dormir a noite toda e a barriga do Zé Maria ainda não pesava por aí além. Todas as outras noites foram uma tortura. Uma T-O-R-T-U-R-A. Não tenho vergonha em admitir.
Adoro um recém-nascido e todo aquele maravilhoso mundo à sua volta. Não há nada melhor do que a sensação de trazer um bebé com poucos dias para casa. Um bebé perfeitinho, saudável, cheio de vida. Uma verdadeira benção! Mas a previsão das noites mal dormidas sempre me trouxe uma ansiedade terrível. Logo eu, que antes de ser Mãe, se não dormisse as minhas sagradas 8 horas tinha o dia estragado...Logo eu, que tinha o sono mais pesado do que um menir. Logo eu, que acordo sempre com uma má-disposição terrível... 
"A culpa é tua, que os mimas demais..."
"A culpa é da Mãe, que não os soube educar direito na hora de ir para a cama..."
"A culpa é da Francisca, que não os deixa chorar, não há milagres!"
Foram tantas, mas tantas a vezes que já ouvi isto.
"Já experimentaste um terapeuta de sono?!"
"Já ouviste falar do livro xpto? Põe-nos a dormir em 2 dias!"
"Já tentaste o método infalível do não-sei-quê?"
Já não aguento tanta pergunta...
Não, não deixo os meus bebés a chorar. Não, não os ponho a dormir no seu próprio quarto mal nascem. Sim, quando choram a meio da noite, e se não acalmam logo com a chupeta, vêem para a minha cama, tal é o cansaço (e a vontade de dormir agarradinha a uns seres pequeninos!). Sim, dei de mamar até muito tarde. Sim, dou-lhes mimo (do bom) a mais. Faço tudo mal. Ou bem! O que é que tem?
Um dia destes, uma amiga minha disse-me uma coisa muito acertada. Então: Há 3 tipos de Mães. Há aquelas cujos filhos dormem a noite toda desde sempre: uma minoria. Há também as Mães com filhos que não dormem, ponto: a grande maioria. E depois há aquelas cujos filhos também não dormem mas em vez de admitirem...mentem!
"Ah e tal, o teu filho não dorme? Ui! Coitada! O meu dorme desde as 3 semanas de vida!! Uma M-A-R-A-V-I-L-H-A!"
Antes ainda lhes perguntava qual era o truque de magia...agora já estou naquela fase em que finjo que não ouço para não desmaiar...
Pois muito bem, eu admito que os meus filhos não dormem. Admito, também, que me tem saído bem cara esta brincadeira. Agora, por favor, não me venham dizer que a culpa é minha! Não, quando tudo isto é uma questão de sorte, salvo melhor opinião em contrário. Conheço muitas Mães que adoptaram exactamente os mesmos rituais de sono para os filhos, e em que um dormia a noite toda, e o outro acordava de hora em hora. É isso mesmo: tudo uma questão de sorte. Há bebés que tem mais tendência para dormir bem do que outros. Tem a ver com o ritmo de cada um. Ponto.
Adoro a minha vida, não me arrependo nem um milésimo de segundo das opções que fiz, mas, por favor, querida sorte, devolve-me as minhas milagrosas noites de sono. Não sei quanto tempo mais vou aguentar! É que, sabes, já é uma questão de saúde! Sou feliz. Sou muito feliz, mas sou uma felizarda cheia de sono...

Santo durante o dia, pestinha de noite.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

D´Arrasar

Aqui não há polémica que valha. As novas colecções do Maisena estão de arrasar. Quem diz é quem o vê. Na passada sexta-feira tivemos a prova disso mesmo. O showroom recebeu as clientes mais queridas da cidade e pôde mostrar a quem passa que continua, inevitavelmente, a ser um local obrigatório de passagem para quem quer ter os miúdos com mais pinta da Via Láctea. Não acreditam? É que nem imaginam as novidades que aí vêm!!

O meu colete lindo de viver é da Iank Boots






































As miúdas Pendant!!

E a festa durou noite dentro...
Credits Stanislav Filipovskyi
Top!

O quê, ainda não conhecem o showroom mais giro da cidade? Nem sabem o que perdem, Maisenas!