terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Revolução

Foi assim que ficou o meu coração, faz hoje 4 anos. Numa autêntica revolução. Um bebé gordinho e redondinho, de olho preto e cabelo a condizer, veio encher a nossa família. E trouxe emoção para dar e vender. Primeiro, a tristeza do internamento. De não poder subir para o quarto com o meu bebé nos braços. Mas depois, a certeza que tudo não passou de um susto. E aí, sim, curtimos o nosso Manel ainda com mais alento, com mais paixão (como se fosse possível!!) Nunca mais me esqueço da sensação imaculada que tive ao pegar no meu filho pela primeira vez. Já tinha 24 horas de vida, mas para mim foi como se tivesse nascido naquele minuto. E já estava tão bonitinho, tão perfeitinho. Não consigo descrever por palavras o AMOR que senti (já aqui escrevi sobre isto!) Porque um filho é isso mesmo: um pedaço de amor em carne e osso. Difícil de explicar, não é?
Passados 4 anos, temos um miúdo saudável, encantador e feliz, que canta, dança e representa (tanta fita!!!) a toda a hora. Vive a rir, e solta as gargalhadas mais puras e contagiantes que eu já vi (e ouvi). Com um sorriso de cair para o lado, este Pote de Mel veio revolucionar o nosso mundo. Faz asneiras a torto e a direito, mas depois faz aquela cara de santo que nos enche o peito. É louco pela família, abraça-nos como se fosse a última vez (ou a primeira). Tem uns beijinhos tão ternurentos que apetece nunca mais largar. Manda charme para cima do mulherio e depois desaparece num só rodopio. Não gosta de palmas, de barulho, de piscina, de mar. Odeia multidões e foge a sete pés de confusões. Mas é o miúdo mais dedicado à felicidade e às coisas boas da vida que há por aí. Pela-se por mostarda Dijon, não perde uma boa especiaria picante, e adoraria poder beber o fundo das nossas chávenas de café. É um monstrinho lindo de bolachas, de chupetas e de telefones. E para largar esse vício faz finca-pé... Vai ser o guarda-costas da Mãe, da Avó, dos manos. Faz placagens a quem se mete com o Titão, e não arreda um centímetro se o mano se mete em confusão. É perdidamente apaixonado pelo Zé Maria, não há um dia que perca sem o encher de mimo, sem lhe dar um apertão de bom dia. O verdadeiro ídolo do primo Henrique, que de tanto rir quase cai a pique. É a personificação da ALEGRIA. Fala mais do que um papagaio, assobia melhor do que uma cotovia. E tenho a certeza que a vida lhe vai sorrir, seja qual for o seu ninho, ou o caminho que o Manel prosseguir.
Parabéns meu amor. Parabéns por ter revolucionado o nosso mundo de uma maneira tão terna, tão sincera, tão SUA. You really rock my world!

 
 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Hi there Mummy!

O Sebastião já me pede uma "apple", e diz carinhosamente "Hi there Mummy! Look, I'm a Monkey!" quando quer mostrar que já sabe trocar umas palavras em inglês. E nós ficamos muito orgulhosos de termos apostado desde cedo em abrir horizontes aos nossos filhos. Porque hoje em dia quem não domina o inglês não vai a lado nenhum! É por estas e por outras que a Helen Doron - Foz está nas nossas escolhas e nas apostas que fazemos na educação dos nossos filhos. Porque é o maior legado que lhes podemos deixar. Sem dúvida! E agora pergunta-se por aí: "O que é que esta escola de línguas tem de diferente de todas as outras?" - "Tudo!" - respondo eu. Acho que já aqui disse, mas gosto de repetir: lá, não há mesas, nem cadeiras, nem salas enfadonhas, nem pessoas tristonhas. As crianças tiram os sapatos, deixam os medos e inseguranças lá fora e aprendem com música, dança e jogos. As professoras não falam português, e ainda bem, porque assim não há como enganar. Lá, as crianças aprendem a brincar! Os meus filhos chegam a casa sempre radiantes e perguntam quando é a próxima aula. Gostam de lá estar, de verdade. Não há cá qualquer tipo de dúvida ou ansiedade.
Conselho de Maisena, se querem que os vossos filhos aprendam bem o inglês, passem na Helen Doron-Foz, porque vale mesmo a pena!
E para quem quiser experimentar sem compromisso, inscrevam-se já nos workshops de Carnaval, abertos também para não alunos! Vão ver que os vossos "kiddos" vão adorar!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Mea culpa? Não me parece, mas...

Os meus filhos são o meu maior tesouro. Mostraram-me o que é o amor puro e duro, sem mas nem porquês. Mas também me deram a conhecer as noites más. Logo eu, que nunca tive insónias, nem medo de monstros debaixo da cama. O Titão e o Manel só me começaram a dar noites decentes quando fizeram 2 anos. Foi o maior presente que podia receber! Um clique nas suas cabecinhas e...já está: dormir toda a noitinha! O ZM vai pelo mesmo caminho...para pior. Vai fazer 6 meses mas em termos de noites ainda parece que tem 6...semanas. É como um relógio suíço...de 3 em 3 horas lá está ele. As poucas vezes que fui jantar fora sabia que até às 2h30 da manhã tinha que estar em casa, porque o ZM ia acordar para a segunda rodada da noite. Ai a minha vida que já não tenho idade para isto!! Dizem-me que é uma questão de educação, que a culpa é minha porque habituei-o mal...pode ser...pudera, ainda a mamar e sem o deixar chorar! Não há milagres! E não...nunca fiquei duas horas com ele a meio da noite a tentar enfiar-lhe a chupeta, para não se habituar a mamar cada vez que resolve acordar. Não tenho estofo para aguentar! Acorda? Então, fome ou não, quero é que me dê perdão. Não vou alinhar em maratonas nocturnas pela casa, tentando "aldrabar" com aerom-om até fartar. Experimentem isso com 3 filhos em casa e a começar a trabalhar logo quando os bebés fazem 3 meses! Queremos é dormir o pouco que conseguimos, e o resto é conversa! Mais uma vez, aqui, a velha questão: cada bebé é um bebé, com o seu ritmo próprio. Posso estar enganada, mas acho que a culpa de os meus filhos dormirem mal não é só minha. O universo e as estrelas ditaram que assim fosse. O que interessa, ora essa, é que sejam saudáveis e que sejam felizes, meus amores. Esta Mãe ainda aguenta estas noites em branco, os meus únicos dissabores!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lello

Sou Lello de gema, portuense de alma e coração. Por isso o meu orgulho é imenso, quando ouço falar na livraria mais bonita do mundo! É com uma enorme emoção que hoje, dia em que faz 110 anos, vos venho falar da Livraria Lello. Hoje, mais do que nunca, valia a pena passar por lá - até às 21h00. Não só pelas bolas de Berlim da Natário, em Viana, ou pelos melhores jesuítas do mundo, vindos directamente de Santo Tirso. Enganem-se! É, isso sim, pela lufada de cultura e de história impressa em cada pedaço desta magnífica preciosidade. Os meus filhos também já conhecem e logo de manhã, quando a viram na televisão, depressa a associaram à "casa que conta histórias". É mesmo isso! Conta a história da nossa história, mais do que qualquer outra da cidade. E não é só a imponente escadaria que arrasa com qualquer um. Já assisti a vários "OVERWHELMING!!" por ali. Quem ainda não conhece, pode ter vergonha, sim! Se pudesse, guardava esta jóia com história só para mim...Há 110 anos foi assim.


Gostava de ter assistido à visita de Agustina Bessa-Luís, nos seus verdes 17 anos, quando por lá passou a entregar um manuscrito seu. Na altura, a Lello também era editora. Como aspirante a escritora que sou (I wish!), comove-me rever estas imagens, que transpiram a história da nossa literatura.
LINDO!

domingo, 10 de janeiro de 2016

Deixar chorar ou não, eis a questão!

Eis uma questão que tem vindo a dar que falar. A eterna dúvida que qualquer Mãe tem, se deve ceder ao choro do bebé, ou se deve "educá-lo" desde cedo.
Pois bem, eu não sou de criticar nem muito menos de julgar quem não faz como eu. Acho que o instinto de cada Mãe é que deve prevalecer, em qualquer altura da vida dos nossos filhos. Porque cada bebé é um bebé, com necessidades e timings diferentes. Há uns mais seguros de si, outros mais carentes. E a verdade é que não está cientificamente provado que o mimo a mais faz mal (o chamado mimo bom). Pois bem, eu nunca deixei um bebé chorar. Já vou no terceiro, e posso dizer que o máximo que consegui foi de o deixar a "reclamar", enquanto estou ao lado a fazer outra coisa e a dizer, bem baixinho: "A Mãe está aqui. A Mãe já vai". Agora, métodos, teorias e não sei o quê para deixar o bebé chorar, só porque dorme melhor à noite, ou para não os "mimar" demais, não obrigada. Até posso ficar mais cansada, dormir pior, ou mesmo muitas vezes parecer uma zombie, o que seja, mas o meu instinto fica absolutamente em transe e nem sequer me deixa pensar, quando uma cria minha está a chorar. Há quem diga que os bebés acabam por se calar por exaustão. Eu acredito que possa ser assim, sim. E não quero que os meus bebés desistam de pedir colo. Daqui a dez anos nem me vou lembrar das noites mal dormidas, em que os resguardei, ao colo. Dos dias em que lhes dei de mamar, mesmo quando não tinha a certeza se era fome. Não me julguem, por favor! Eu só estou a dar todo o meu amor.
Lembro-me, como se fosse hoje, dos últimos meses de gravidez do Manel. O Sebastião ainda não tinha 2 anos, e ficava doente, a dormir mal, semana sim, semana sim. Como já não aguentava, pu-lo a dormir na nossa cama, para não ter que me levantar de grua cada vez que o Titão começava a chorar. Houve quem me dissesse que estava a cometer um "huge mistake", porque quando o Manel nascesse, o Sebastião ia sentir, e que não conseguiria voltar para o seu quarto, por achar que tinha sido posto de lado. Mas a verdade é que foi tudo muito natural. Quando o Manel veio para casa, o Sebastião vestiu logo a pele de "mano mais velho", e quis ir sozinho para a sua cama. Nada de choros, nada de cenas, ou mimo a mais (o chamado mimo mau...) Tento só dar mimo do bom, aconchego, colo, às vezes até demais, mas não me arrependo. Porque dias como estes, em que os meus filhos são pequeninos e pedem a Mãe, não vou ter assim muito mais...
Eu não deixo chorar. Ponto.

Mimo, com mimo se paga!
 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Introspecção

Aos 34 anos sou uma mulher completa. Duas profissões e meia que me preenchem (em todos os sentidos), três filhos perfeitos, um marido cúmplice e companheiro, bons amigos, família unida de coração. Lembro-me como se fosse hoje do dia em que os meus Pais fizeram 34. Tinha eu 8 ou 9 anos. E pensava já ter uns Pais "crescidos", que eram o nosso ninho, o nosso porto seguro. Agora que cheguei a esta idade, e apesar de toda esta responsabilidade, continuo a sentir-me uma miúda. Ainda me lembro do padrão floral do meu vestido preferido, que usava naquela idade. Tenho na cabeça o fato-de-banho que nunca largava, com uns frutos tropicais amarelos, que me enchiam de vaidade. E nisto passaram-se 25 anos. A sério? Assusta-me pensar como tudo é tão efémero. Para onde irão os meus filhos pequeninos, gordinhos e sempre agarrados à Mãe? Daqui a uns tempos vão ser uns homens feitos, de barba rija e coração mole (espero eu!) Resta-me guardar, já com saudade, todas estas recordações felizes. As gargalhadas sinceras do Manel, o entusiasmo curioso do Sebastião, a ternura que me derrete do Zé Maria. São os meus filhos que me enchem a alma em cada dia. Aos 34 anos sinto que tenho tudo para ser feliz.
A.M.O.R. S.A.Ú.D.E. P.A.Z. S.O.R.T.E.
Toda a sorte do mundo. Posso não ter o que muitos têm, mas tenho tudo o que preciso. E isso, para mim, basta. Não peço mais nada. Apenas peço para nunca me faltar nada do que agora tenho. E o bom de ser sempre a última a fazer anos é o de poder juntar as resoluções para um verdadeiro "ano novo, vida nova". Não sou de pensar que em cada mês de Janeiro vou mudar o mundo. Tenho plena noção das minhas capacidades, mas também das minhas limitações. Não sou de ferro (apesar de saber que tenho filhos de ouro). Apenas prometo a mim mesma resoluções que sejam possíveis, e que não me causem uma enorme frustração se não as conseguir cumprir. Vou dar (ainda) mais de mim. Vou ajudar (ainda) mais o próximo. Vou ser melhor ouvinte. Vou saber parar. Vou ter tempo para aconchegar. Vou guardar umas horas para escrever. Vou tentar ler (mais). Vou fazer menos fretes. Vou agradecer (ainda) mais. Vou aproveitar cada momento como se fosse o último (ou o primeiro). Não podemos viver a pensar quando é que chega o fim de tarde, o fim-de-semana, ou mesmo as férias. Há momentos bons em todas as horas do dia. Um simples café com um quadrado de chocolate causa-me um enorme regozijo!  Vou dar (ainda) mais valor ao mote "Enjoy the little things", porque percebi que é aí mesmo que reside a felicidade. Nessas pequenas coisas, mundanas, que vivemos todos os dias e que tantas vezes nos passam ao lado. Vou dar (ainda) mais beijos, mais abraços, mais mãos, mais colo, mais mimo. Vou viver de coração aberto, como se o tempo fosse incerto.
Eu sei lá. Sei que é este o meu estado de alma, neste dia em que faço 34 anos (34, really?!) Sei que hoje sou estupidamente feliz.