quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mudanças

Não sou uma pessoa de grandes mudanças. Quando gosto, repito, fico, deixo-me estar. Não é comodidade, mas uma busca de felicidade constante.
Andei 9 anos na mesma escola, 5 anos no mesmo liceu, nunca mudei de curso na faculdade, estou há 10 anos no mesmo escritório. Escusado será dizer que estou há 17 anos com a mesma pessoa. Mas também peço sempre "o costume" na padaria de todos os dias, a mesma pizza na nossa pizzaria preferida, e a mesma sandwich no nosso spot de eleição. É assim. Vivo com o coração.
A única coisa em que gosto de mudar, em que não me importo de arriscar, é quando vamos viajar. Diz quem sabe, que pelo menos uma vez por ano devemos ir a um sítio em que nunca tenhamos estado. É isso que tentamos fazer lá em casa. Dentro, ou fora do país, deixamos de lado a nossa raiz, e apostamos no desconhecido. Algumas vezes sai furado, outras é um passo bem dado. Mas o que interessa é viajar, conhecer, aprender, VIVER. 
Este ano vamos para mais longe do que "o costume", vamos mudar a nossa maneira de fazer praia, vamos partir para uma aventura a 4. Estou ansiosa. Receosa também, é certo, mas acima de tudo muito curiosa em saber como é que os miúdos se vão portar, como é que desta nos vamos safar.
Não fizemos férias todo o ano, por isso a vontade de partir e esquecer a rotina é muita. Vão ser uns dias de muita adrenalina, bem à nossa maneira. Confesso que sinto que nunca precisei tanto de férias como agora. Foi um Inverno rigoroso, onde o sol quase não espreitou. Mas foi também um ano promissor, em que a coragem não faltou. Mas a coragem também precisa de carregar baterias, parar por uns dias. Está quase.
 
 
 
 

E por aí, Maisenas?
 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Debaixo da figueira

Estar num dos nossos sítios preferidos de sempre: debaixo da figueira da quinta dos meus avós. Um cheirinho que não se explica, só se regozija, sentindo. Uma sombra do tamanho do mundo, que nos rejuvenesce num segundo. Um ritual de todos os anos, a família reúne-se debaixo da figueira, como se fosse à volta da fogueira, e vai apanhando (e comendo) os figos pingo de mel. Até o Sebastião já pergunta, naqueles dias difíceis de Inverno, quando é que lá vamos, quando é que à nossa figueira voltamos. Em Agosto ainda estão bem verdes, mas o passeio até lá também é compensador. E fingimos que os figos já estão a pingar de amor.
Ainda não há figos mas já há alho porro, courgetes, pepino e alho francês. Há legumes e fruta para todos os gostos, bem à moda do freguês. Há 4 gerações em peso, que adoram a horta e a vinha, as oliveiras e as amendoeiras, de alma e coração nortenho, 100% português.
 






Este vestido é especial.
By Bogoleta especialmente para a Menina Manel, mas parece que foi feito a pensar em mim.
Tanto fica bem com havaianas ou paez, como até com all-star ou botins curtinhos.
Com um casaco de ganga, ou não...basta um pouco de imaginação!
Não é L-I-N-D-O?





segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Rio acima

No sábado, apesar da chuva, tivemos uma tarde fora de comum, de tão sortuda. Apanhámos o barco, no porto da Régua, e lá fomos nós, a família em peso,  rio acima, até ao Pinhão. E que dia maravilhoso. Foi, sem dúvida, um passeio que nos encheu a alma e o coração.
A Régua está linda. Não era, mas ficou. O Museu do Douro, a marginal junto ao rio, os restaurantes e hotéis que nasceram e renasceram nesta cidade. Apetece lambuzar os nossos filhos de rebuçados da Régua e nunca mais os largar, enquanto passeamos pelas ruas bonitas deste sítio de pasmar.
Embarcar, subir a barragem, ouvir as histórias de cada margem, estar rodeados de vinha verde escura e reluzente, quase em forma de miragem, não é todos os dias. É uma parte do Douro que nos transporta ao de antigamente, com as quintas e herdades a reflectir no rio, o comboio histórico que se vê a passar e se ouve a apitar, quase em tom de calafrio, a luz do sol que parece que se transforma, que nos provoca um arrepio, a chegada ao Pinhão, com a sua paisagem de encantar...(não fosse ela considerada património cultural da humanidade). E a estação do comboio? Das mais bonitas que já vi. Com os seus 24 painéis de azulejos azuis bem portugueses, parece o cenário de um livro de Eça de Queirós. Lá, deve ter havido, com certeza, encontros e desencontros de amores e de desamores, dias inteiros de paixão e de louvores, famílias a despedirem-se, a reunirem-se, corações a partirem-se. Foi, aliás, a primeira coisa que pensei quando lá cheguei. Senti-me a entrar no livro dos Maias, talvez o meu preferido de todo o sempre.  Ai que país bonito em que vivemos, e muitas vezes nem sabemos...
Aqui fica a dica, se forem ao Douro, experimentem subir o rio, da Régua ao Pinhão, descendo depois de comboio, e digam-me se eu não tenho razão. Ah, e escusado será dizer que os miúdos deliraram (excepto quando o barco "falava", pois aí o M. os ouvidos logo tapava)!















Camisas dos boys Castelos nas Nuvens
Adoro, adoro, adoro!!!
 

 
P.S. Obrigada Avó N, Avó B, A, Timata e Titi pela melhor companhia do mundo!

domingo, 3 de agosto de 2014

9 meses

Tanto tempo quanto a geração de uma vida. Foram 9 meses de um projecto que foi arriscado, mas que desde o primeiro dia que estava bem-destinado.
No passado dia 31, fechei um capítulo na minha vida, e na vida das marcas que embarcaram comigo nesta aventura. Fechámos o showroom na Praça de Liége, mas logo, logo, iremos abrir mesmo ali ao lado, num espaço com mais luz, mais independência, bem mais cosy, bem mais alegre, bem mais tudo! Costuma-se dizer que quando Deus fecha uma porta abre sempre uma janela. Neste caso foi-me aberta uma montra inteira. Uma loja verdadeira, com entrada directa para a rua, sem uma única escada e com lugares à porta! Quase com serviço de drive-in, porque se forem apenas levantar uma encomenda, podem ficar dentro do carro, que nós iremos lá ter! Melhor? Impossível...
Nestes 9 meses aprendi que a vida depende apenas de nós próprios e é da nossa inteira responsabilidade, por muitas ajudas e empurrões que possamos ter. Aprendi que nem tudo o que parece, é, e que nem todas as pessoas são iguais a nós, por isso há-que saber limar arestas, contornar situações, marcar posição quando é preciso. Mas também aprendi que há pessoas por quem vale a pena lutar, há pessoas de alma viva, de bem com elas próprias, que sabem amar. É por essas e por outras que vamos continuar a marchar, muitas vezes em terrenos minados, mas outras tantas em paisagens de perder o fôlego, como tudo na vida, aliás.
Desta feita a minha escolha foi, mais uma vez, arriscar. E apesar de não ser a pessoa mais segura do mundo, tenho a certeza que vamos marcar pela diferença. Sei que vamos todas vingar. Conto com todos, Maisenas! A partir de 1 de Setembro, o showroom mais cool da cidade vai renascer com marcas de derreter qualquer coração de Mãe, e não só! Esperem até ver!